"Vendo Jesus sua mãe, e junto a ela o discípulo amado,
disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao
discípulo: Eis aí tua mãe. Dessa hora em diante o discípulo
a tomou para casa" (João 19:26, 27).

Olhando da cruz, Cristo viu não apenas a indiferença e a
ignorância de seus carrascos, mas também a angústia de seus
seguidores. A terceira palavra da cruz foi um pedido e uma
promessa pela qual ele morria.

Jesus viu Maria, sua mãe, e seu amado amigo e seguidor,
João. Num gesto de amor sublime, Ele os deu um ao outro para
amor e cuidado mútuos. A morte sacrificial que Ele sofria
tinha o propósito de quebrar as barreiras entre as pessoas e
tornar possíveis relacionamentos cristãos profundos. A
Maria, Ele deu seu amigo João, e a João Ele deu
sua mãe.

Eles deviam unir-se nos laços divinos do amor que seria a
essência da igreja. Deviam cuidar um do outro assim como
Jesus havia cuidado deles. Com o tempo, o encontrariam
somente no relacionamento profundo expresso pelo amor
sacrificial um para com o outro. Ele tinha de deixá-los para
que experimentassem esse estágio posterior do nascimento da
nova criação, neles e na igreja.

Observe a diferença de idade, sexo, personalidade, traços e
interesses. Isso tudo agora havia sido superado em uma nova
qualidade de relacionamento. As coisas que naturalmente
dividem as pessoas- cultura, criação, interesses têm pouco
efeito na amizade cristã. Hoje, Jesus coloca as pessoas em
nossas vidas. Quando as entregamos de volta a Ele para que
Ele dirija todas as circunstâncias, e abrimos mão de nosso
controle voluntarioso, Ele no-las devolve a fim de que as
amemos e nos alimentemos em seu amor. Quem se encontra aos
pés da cruz com você? Essas pessoas são uma dádiva. Se você
deseja conhecer a Cristo, encontra-lo-á, servindo-as em seu
nome.

Cristo nos deu uma dádiva mútua a fim de expressarmos o amor
e o perdão da cruz em nossos relacionamentos. Hoje,
contemplarei cada pessoa em minha vida como um encargo do
Senhor crucificado.