A maioria dos historiadores da pré-história, inclusive o clássico Gordon Childe concordar com a origem mesopotâmica do cultivo dos cereais e da panificação, ao longo de um processo histórico que teria durado de 8000 a 4500 anos antes do nosso calendário atual. Contudo, bem mais recentemente, Louis-René Nougier cita escavações arqueológicas realizadas em Rouffignac, na França, nas quais foram encontrados resíduos, datados pelo método do Carbono 14, de pouco mais de 7000 anos A.C. cereais Os nossos tupinambás e guaranis, ainda neolíticos (pedra polida). Já dominavam o cultivo e a fermentação do milho, para a fabricação do Pão.
Desde a Pré História que o pão é popularmente conhecido. E deu na massa feita com farinha de cereais, água e sal. É um dos alimentos mais antigos de que se tem notícia. Há milhares de anos antes de Cristo, os grãos de cereais plantados pelo homem, eram moídos com a ajuda de duas pedras. estes pães não podiam ser consumidos logo depois de prontos porque eram muitos amargos, assim o pão tomou a posição de essencial para a vida da humidade como um todo.
Na Bíblia Sagrada conta que o pão era tão fundamental para os Hebreus que eles no deserto clamara a Moisés para que este pudesse providenciar pão, o que fez com que Deus enviasse o "Maná, que é o pão que desceu do céu".
Vou contar um fato corriqueiro, que inesperadamente trouxe-me uma grande lição de vida.
Um garotinho com pouco mais de 9 anos, chegou perto de uma Senhora que estava em seu alpendre e disse:
- Dona, tem pão velho?
Essa coisa de pedir pão velho sempre me incomodou desde criança. Olhei para aquela criança tão nostálgica e perguntei:
- Onde você mora?
- Depois do zoológico.
- Bem longe, hein!
- É... mas eu tenho que pedir as coisas para comer.
- Você está na escola?
- Não. Minha mãe não pode comprar material.
- Seu pai mora com vocês?
- Ele sumiu.
E a conversa prosseguiu, até que disse:
- Vou buscar o pão, serve pão novo?
- Não precisa não, a senhora já conversou comigo, isso é suficiente.
Esta resposta caiu como um raio na Senhora, que teve a sensação de ter absorvido toda a solidão e a falta de amor daquela criança, daquele menino de apenas 9 anos, já sem sonhos, sem brinquedos, sem comida, sem escola e tão necessitado de um papo, de uma conversa amiga.
Caros amigos, quantas lições podemos tirar desta resposta: "Não precisa não, a senhora já conversou comigo, isso é suficiente!"
Que grande poder tem o gesto de falar e ouvir com amor!
Alguns anos já se passaram e continuam pedindo "pão velho" na minha casa e eu dando "pão novo", mas procurando antes compartilhar o pão das pequenas conversas, o pão dos gestos que acolhem e promovem.
Este Pão de Amor não fica velho, porque é fabricado no coração de quem acredita naquele que disse: -"EU SOU O PÃO DA VIDA"
João 6:35 “Declarou-lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim jamais terá sede”.
Agora, reflitamos um pouco:
Para quantas pessoas você tem oferecido este "Pão da Vida"?
Você tem compartilhado com seus amigos, vizinhos, colegas de escola ou de trabalho?
Talvez eles não estejam mendigando por um pão, porém em seus corações estão famintos de algo que venha preencher o vazio da alma.
Cabe a nós, que conhecemos e temos o "Pão da Vida", oferecê-lo.
Fazendo assim, não só iremos satisfazer um coração faminto, mas, acima de tudo, estamos atendendo a ordem de Jesus em seu: "Ide por todo mundo e anunciai o evangelho".
Dê atenção ao seu redor e veja quantos estão pedindo por uma palavra de ânimo, de fé e esperança. Dê um pouco do muito que Deus tem lhe dado. Você só tem a ganhar com isto!
Ap. Ernani Lara
Adaptado.
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